segunda-feira, 6 de abril de 2009

Recuperação de um móvel

Um fim-de-semana de bricolage.
Aproveitei o domingo para praticar um dos meus hobbyes: a bricolage. E, neste caso, tinha 2 mesas de cabeceira, velhinhas, para aí com uns 60 anos, a necessitar de ar novo.
Numa primeira observação, estas precisavam de uma boa limpeza. A madeira, mogno, está excelente, sem bicho. Umas peças descoladas e os puxadores com oxidação. Durante muitos anos serviram de mesas de apoio, com um tampo redondo de aglomerado, pregado, e, cobertas com tecido que as tapava completamente.






Como o trabalho de lixar vernizes velhos e madeira faz uma poeira enorme, escolhi o exterior para montar o "estaminé". Uma prancha de madeira, velha, e dois cavaletes de madeira fizeram uma mesa excelente para trabalhar.




Primeiro, duas ou três marteladas e os tampos de aglomerado voaram... direitinhos ao caixote do lixo.
Depois, juntei o material que precisava para trabalhar:
-Cola branca para madeira;
-Plaina eléctrica;
-Lixa madeira P80;
-Lã de acço fina;
-Limpa metais;
-Restaurador móveis (líquido);
-Painel de pinho com 400x800mm para fazer tampos novos;
-Cera de antiquário;
-Serrote ou serra eléctrica;

Desmontei as ferragens e verifiquei que ainda estavam aproveitáveis.
Lixei bem a madeira, com lixa P80, de grão grosso, até ao veio da madeira, tendo o cuidado de lixar sempre no sentido do veio da madeira. Esta parte é fundamental para um bom trabalho final. É, também, o trabalho mais duro, mais sujo e mais ingrato. Recomendo, a quem o fizer, o uso de máscara anti-poeiras para proteger a respiração. Não faltou poeira pelo ar e pelo chão. Foi tudo lixado à mão com os cuidados necessários para lixar bem, nos cantos e nos ressaltos.






Depois de bem lixada e limpa com um pano seco foi tudo passado com lã de aço fina, para um acabamento mais perfeito e para a madeira absorver melhor o produto de restauro.
Como não conseguia arranjar as duas mesas no tempo disponível, optei por avançar o mais possível só em uma, a mais fácil. Cortei o painel de pinho nas medidas necessárias (o tamanho do tampo mais 1 cm de rebordo) e fixei-o, com cola e pregos, tendo o cuidado de embutir os pregos na madeira para não ficarem muito visíveis (estas mesas tinha, na sua época, uma pedra de mármore a servir de tampo). Depois, umas luvas, um pincel e um pano e, apliquei o líquido restaurador em toda ela e na estrutura da outra. Ficaram logo com outro aspecto.
Falta agora colar as peças da outra mesa, cortar e colocar o tampo e tingir. Limpar os metais e colocá-los. Depois, facetar os tampos de ambas com uma plaina eléctrica ou, boleá-los com lixa, voltar a dar coloração e aplicar cera de antiquário em todos os móveis.



Cá ficam dois móveis, recuperados, prontos a durar outros tantos anos.
Mas esta segunda fase fica para uma próxima disponibilidade que, por agora, tive de os deixar por acabar... Pois, só ao fim-de-semana e, nem sempre...

Quando estiverem acabadas, mostrarei o resultado final...

Depois deste, há um projecto em carteira já há muito tempo: Transformar um piano velho, vertical, em bar ou escrivaninha. Tirar o miolo e... bem, isso fica mesmo em carteira que ainda falta acabar este...

2 comentários:

  1. Boa noite,

    Muito legal este teu trabalho de restauração. Realizo também este trabalho, informalmente, e é sempre uma agradável surpresa o resultado final. Parabéns!

    Cidinha

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  2. Obrigado, Cidinha, pelo seu comentário.
    É uma área que me permite descarregar um pouco a pressão do dia a dia. É apenas um passatempo e apenas para mim mas adoro ver o trabalho final. Espero conseguir tempo para continuar uma série de projectos que tenho em mente.
    Volte sempre!

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