Mas, num apartamento?
Bem negociadinho, cá na casa, eu consegui ficar com aquilo que era uma despensa, repartindo-a com uma espécie de arrecadação. Em troca, prometi ceder um cantinho à minha mulher onde ela trata das suas costuras e outros arranjos. Bem que isto aqui funciona a dois. Eu ocupo-me das obras, reparações e estruturas. Ela, dos adereços, cortinados, almofadas. Por vezes, conjugar os dois é que é uma guerra mas, acaba-se sempre assinando o Tratado de Paz que é o mesmo que dizer, ela ganha sempre...
E, o aspecto do meu canto é mais ou menos isto.
Tão pequeno e cheio que nem se consegue uma fotografia que o mostre razoávelmente. Mas, quase nada lá falta. Falta tempo, falta espaço mas não falta material nem ideias. Aproveitei um miolo de um roupeiro velho, com gavetas, para arrumar as ferramentas. Um móvel de cozinha foi parar a bancada minúscula e, uma série de prateleiras em cantoneira servem para arrumar caixas e caixas de material. Nas prateleiras superiores da despensa, guardo malas com várias máquinas e seus respectivos acessórios, de modo a manter uma ordem mínima nas coisas.
Uma porta de fole substituiu a velha porta de madeira e ganhei mais espaço na despensa.
Agora, nem imaginam as horas que por vezes passo ali...
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